Considerada a maior criação tecnológica mundial depois da televisão, a Internet foi criada durante a Guerra Fria com propósitos militares. No início da década de 1990 foi criada a World Wide Web (www), grande teia de cabos e comunicações via satélite que interligam servidores e microcomputadores de todo o mundo, o que permitiu o uso civil da ferramenta e, consequentemente, seu espantoso desenvolvimento.
A facilidade de se disseminar informações, ideias e produtos através de uma rede mundial foi o grande diferencial da Internet e o motivo do seu rápido crescimento. Por outro lado, foi exatamente esse rápido crescimento que fez surgir seus usos indevidos e a ocorrência de crimes através da internet.
O mais conhecido e divulgado uso indevido da Internet é o chamado “vírus de computador”, que nada mais é que um software malicioso que infecta o sistema, se reproduz e tenta se espalhar por todo o sistema e, obviamente, por toda a rede mundial de computadores. Normalmente são recebidos como anexos de emails ou por arquivos gravados em pen drives, CD’s, etc e executados pelo usuário. Podem agir também em vulnerabilidades do Sistema Operacional (Windows, Linux, etc), motivo pelo qual é necessário que o mesmo esteja sempre atualizado, vez que as empresas que os desenvolvem estão sempre distribuindo correções de segurança.
Outro meio também conhecido é o “phishing”, que consistem em uma fraude eletrônica através da qual o fraudador se disfarça como uma empresa ou pessoa idônea e engana o usuário para “pescar” dados pessoais como senhas, número de cartão de crédito, etc. Normalmente ocorre através de email, mensagem eletrônica, SMS (mensagem de celular), sites falsos, etc.
As formas acima citadas e as demais ferramentas de uso indevido da Internet são genericamente conhecidas como “malwares”, termo advindo do inglês para designar softwares maliciosos que são destinados a se infiltrarem de forma ilícita em sistemas de computadores.
Visando evitar a infecção das máquinas por essas pragas virtuais, a indústria criou diversas formas de proteção, tais como antivírus, firewall e antispyware. O antivírus é um programa que previne, detecta e elimina vírus de computador. Firewall é utilizado em rede de computador, aplicando uma política de segurança com regras que controlam o fluxo de informações. Antispyware é um programa semelhante ao antivírus, que varre o sistema em busca de malwares e tenta eliminá-los.
Na forma de software e atualmente até de hardware, encontramos sistemas que monitoram globalmente a rede mundial de computadores transmitem para seus equipamentos ou programas as mais atualizadas informações sobre ameaças virtuais, bloqueando o acesso a conteúdos suspeitos.
Apesar de toda essa tecnologia contra os malwares, a maior vulnerabilidade de um sistema informatizado é e sempre será o OPERADOR, o USUÁRIO DA MÁQUINA, pois geralmente é ele quem permite a ação dos fraudadores, vez que os malwares normalmente dependem de uma ação do usuário para se instalarem nas máquinas.
Um sistema de computadores devidamente atualizado, protegido por aplicação desenvolvida e atualizada constantemente por empresa especializada, tende a ser seguro e capaz de impedir que uma ação do usuário o infecte, mas mesmo assim ainda existe risco caso a infecção seja nova e ainda não se tenha uma vacina para combatê-la.
Assim, deixamos aqui algumas recomendações de segurança para os usuários:
• Mantenha seu sistema operacional sempre atualizado;
• Tenha um bom antivírus sempre atualizado;
• Não clique em links de emails.
• Não abra arquivos anexados a emails de desconhecidos e sempre passe um bom antivírus antes de abrir arquivos de remetentes conhecidos;
• Passe um bom antivírus antes de abrir arquivos de pen drives ou CDs;
• Crie senhas fortes que não tenham relação com datas de aniversários, nomes ou dados pessoais e
• Não digite senhas e dados pessoais em computadores públicos.
Daniel Carvalho Armond – OAB/MG 88.237