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Emoções tóxicas no trabalho? O que é isto? | Armond Sociedade de Advogados
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Emoções tóxicas no trabalho? O que é isto?

Emoções tóxicas no trabalho? O que é isto?

Todos nós vivemos dias difíceis no trabalho, sendo pressionados para entregar resultado, atender as expectativas de gestores e colegas, lidar com cobranças de clientes, com perda de membros da equipe, se adaptar ao ambiente, e outras circunstâncias que nos provocam emoções e sentimentos diversos.

Nesse cenário experimentamos, diariamente, dores emocionais que nos proporcionam viver sensações de prazer e sofrimento, os quais são percebidos de maneira diferente por cada indivíduo, devido sua subjetividade.

Essas emoções podem ser positivas ou negativas; o que determina seus efeitos é a maneira como são conduzidas e tratadas no ambiente corporativo.

Antes de aceitarmos um emprego, iniciarmos novos projetos ou mudança de função, assinamos um contrato psicológico de trabalho que se realiza, subjetivamente, através de um conjunto de expectativas recíprocas entre quem contrata e quem está sendo contratado.

Assim, nas relações interpessoais esse contrato psicológico está em vigor e o rompimento de alguma cláusula (obrigações, deveres, expectativas, confiança, valores e princípios, prioridades, sentimentos e outros) pode gerar ”dores tóxicas” ao trabalhador e às organizações.

Quando estamos inseridos e vivendo a dia-a-dia da organização, passamos por inúmeras situações que geram um turbilhão de emoções, ora agradáveis, ora desagradáveis. Todavia essas últimas, apenas por não proporcionar sentimentos positivos, não configuram emoções tóxicas.

Os sentimentos negativos só se transformam em toxicidade para o indivíduo quando resulta em quebra do contrato psicológico, e essa quebra se dá quando as pessoas envolvidas não são capazes de trabalhar e mediar os conflitos.

É nesse momento que as dores prejudicam o rendimento e o desempenho das pessoas em suas tarefas, trazendo prejuízos e contaminando todo o ambiente.
Pessoas com dores tóxicas apresentam baixa estima, perda da confiança e esperança, baixo desempenho e comprometimento moral. Esses sentimentos acarretam perdas (de lucros) para a empresa, resultando em diminuição de produtividade ou, pior, êxodo em massa, como constatado nos estudos de Frost e de outros pesquisadores do assunto.

No livro Emoções tóxicas no trabalho, o autor avalia, através de pesquisa realizada por Joel H Neuman, da Universidade estadual de Nova York, em New Paltz, que “o estresse profissional custe US$ 300 bilhões anualmente à industrial americana, estimados em absenteísmo, diminuição da produtividade, rotatividade de pessoal, pagamentos diretos de seguros, médicos e jurídicos, e violência no local de trabalho”.

Diante do exposto, questionamos: porque as pessoas e as empresas ainda produzem toxicidades?

Todo ambiente de trabalho é carregado de dores emocionais e estas são essenciais para a vida organizada e equilibrada; no entanto, como já relatado, o que irá determinar se elas são tóxicas ou não é como a dor é vivenciada e respondida pelo indivíduo e pelas pessoas à sua volta.

Para enfrentar esses conflitos, há pessoas que dispõem de seu tempo e energia para escutar seus colegas e, de maneira assertiva, afloram sentimentos positivos que transformam a dor em força. Contudo, também existem pessoas que, por falta de empatia ou pela correria do dia-a-dia, não se dispõem a escutar os outros e, muitas vezes, agem de forma a gerar mais dor e toxidade no ambiente.

Nas empresas o papel dos gestores e líderes é fundamental para prevenir ou minimizar as toxidades do trabalho. Gestores que demonstram interesse pelos sentimentos de seus subordinados e possuem habilidade para perceber o momento que cada pessoa e/ou que a organização está passando, com determinação, compaixão e confiança, transformam os momentos difíceis em novos aprendizados, guiando as pessoas para absorvê-los, superá-los e aproveitá-los como ensinamentos da vida.

Contudo, este papel de manejador de toxinas não é característica apenas de gestores e líderes, pessoas em qualquer nível hierárquico podem possuir esta habilidade e ocupar este lugar.

Estas pessoas, sejam gestores ou não, são percebidas pela psicologia organizacional como Ativos Ocultos dentro da empresa, pois, apesar de não realizarem entregas concretas (estatísticas e metas), realizam entregas ocultas, extraindo da dor emocional do sujeito sentimentos energizantes que promovem o bem estar e o aumento da produtividade. Todavia, este papel no dia-a-dia da organização não é destacado e, sem que muitos percebam (às vezes nem o próprio manejador), são estas pessoas que mantêm a satisfação, a alegria, o orgulho e a motivação dos funcionários no trabalho.

O departamento de Recursos Humanos, como responsável pela gestão do capital humano da organização, tem o compromisso de identificar os ativos ocultos de sua empresa e promover a valorização e atenção a esses manejadores, pois, se não forem escutados e trabalharem suas próprias dores emocionais, futuramente também serão contaminados pelas emoções tóxicas do trabalho.

Renata Carvalho Armond – CRP 32.516/4º

Pós Graduanda em Especialização em Gestão de Pessoas pela Fundação Dom Cabral – FDC/MG.

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